Quando se tem várias dívidas ao mesmo tempo, uma das maiores dúvidas é: qual pagar primeiro? Muitas pessoas ficam perdidas entre dívidas de cartão de crédito, empréstimos bancários e financiamentos, sem saber qual priorizar para evitar o acúmulo de juros. Neste artigo, você aprenderá como definir prioridades e quitar suas dívidas da maneira mais eficiente.
1. Entenda como funcionam os juros de cada tipo de dívida
Nem todas as dívidas são iguais. O fator mais importante para decidir qual pagar primeiro é o custo dos juros. Veja as principais características das dívidas mais comuns:
Cartão de crédito
- Juros extremamente altos (podem ultrapassar 300% ao ano no Brasil).
- Se você paga apenas o mínimo da fatura, o saldo restante entra no crédito rotativo, gerando uma bola de neve de juros.
- Multa e juros por atraso aumentam rapidamente o valor da dívida.
Empréstimos pessoais
- Juros variam de acordo com o tipo de crédito e o banco, mas costumam ser mais baixos do que os do cartão de crédito.
- Empréstimos consignados (descontados diretamente do salário) geralmente têm taxas menores.
- Caso não sejam pagos, podem resultar em negativação do nome e dificuldades futuras para conseguir crédito.
Financiamentos (casa, carro, etc.)
- Costumam ter juros menores, pois estão atrelados a bens como imóveis e veículos.
- Caso as parcelas não sejam pagas, o banco pode tomar o bem financiado.
Agora que você conhece os impactos de cada tipo de dívida, fica mais fácil entender qual deve ser paga primeiro.
2. Priorize as dívidas mais caras primeiro
A estratégia mais eficiente para sair das dívidas é focar primeiro nas que possuem os maiores juros. O ideal é seguir esta ordem:
- Cartão de crédito (juros mais altos e crescimento acelerado da dívida).
- Cheque especial (também tem juros altos e deve ser evitado).
- Empréstimos pessoais e financiamentos.
Se você está devendo no cartão de crédito e em um empréstimo ao mesmo tempo, o mais urgente é quitar o cartão de crédito antes que a dívida cresça ainda mais.
3. Evite pagar o mínimo da fatura do cartão
Se você tem uma dívida no cartão de crédito e não pode pagá-la integralmente, pagar o mínimo não é uma boa solução. Isso acontece porque:
- O saldo restante entra no crédito rotativo, gerando juros altíssimos.
- O valor devido cresce rapidamente, tornando o pagamento mais difícil.
- Em pouco tempo, a dívida pode dobrar ou até triplicar.
Se você não consegue pagar a fatura completa, tente negociar com o banco para parcelar a dívida com taxas menores.
4. Empréstimos podem ser menos urgentes, mas não devem ser ignorados
Se você tem um empréstimo, ele pode ser mais fácil de administrar do que a dívida do cartão de crédito, já que geralmente tem juros menores e prazos definidos. No entanto, não pagar pode levar à negativação do seu nome.
Caso esteja apertado, veja se é possível:
- Renegociar o empréstimo com o banco para reduzir as parcelas.
- Fazer portabilidade para outra instituição financeira que ofereça juros menores.
5. Use o método avalanche para acelerar o pagamento das dívidas
Uma estratégia muito eficaz para quitar dívidas é o método avalanche, que funciona assim:
- Liste todas as suas dívidas e suas respectivas taxas de juros.
- Pague o máximo possível na dívida com juros mais altos.
- Continue pagando o mínimo nas demais dívidas para evitar atrasos.
- Quando a primeira dívida for quitada, direcione o valor para a próxima da lista.
Esse método reduz os juros pagos no longo prazo e acelera o processo de quitação.
6. Outra opção: método bola de neve
Se você se sente mais motivado quitando pequenas dívidas primeiro, pode usar o método bola de neve:
- Liste suas dívidas do menor para o maior valor total.
- Pague primeiro a menor dívida, enquanto mantém os pagamentos mínimos nas demais.
- Quando a menor dívida for quitada, use esse dinheiro para pagar a próxima da lista.
Esse método ajuda a criar um sentimento de progresso, mas pode resultar em mais juros pagos no longo prazo.
7. Negocie suas dívidas sempre que possível
Se a dívida já está muito alta e você não consegue pagá-la, tente uma negociação:
- Entre em contato com o banco ou instituição financeira e peça um desconto para quitar à vista.
- Pergunte sobre opções de parcelamento com juros menores.
- Acompanhe feirões de renegociação de órgãos como Serasa e Procon, que oferecem condições especiais para pagar dívidas.
8. Evite pegar novos empréstimos para pagar dívidas antigas
Um erro comum é pegar um novo empréstimo para pagar uma dívida anterior. Isso pode resolver o problema no curto prazo, mas cria um ciclo de endividamento.
Só faça isso se:
- Os juros do novo empréstimo forem menores que os da dívida atual.
- O parcelamento couber no seu orçamento.
- Você tiver certeza de que conseguirá pagar as parcelas sem contrair novas dívidas.
Caso contrário, a melhor solução é renegociar a dívida diretamente com o credor.
9. Crie um plano financeiro para evitar novas dívidas
Sair das dívidas é um processo que exige planejamento. Para evitar que o problema se repita no futuro:
- Monte um orçamento detalhado para saber exatamente onde seu dinheiro está indo.
- Evite o uso descontrolado do cartão de crédito. Se possível, pague tudo à vista.
- Crie uma reserva de emergência. Isso evita que você precise recorrer a empréstimos em momentos difíceis.
Conclusão
Priorize as dívidas mais caras e siga um plano de pagamento
Se você está em dúvida entre pagar primeiro o cartão de crédito ou o empréstimo, a resposta geralmente será quitar o cartão primeiro, devido aos juros mais altos. Mas o mais importante é ter um plano e segui-lo com disciplina.
Com organização, negociação e estratégias como o método avalanche, você conseguirá se livrar das dívidas e construir um futuro financeiro mais tranquilo.
Agora que você aprendeu como definir prioridades no pagamento de dívidas, coloque essas dicas em prática e retome o controle das suas finanças!